domingo, 8 de maio de 2011
314> LAGRIMAS NA CHUVA
No fim de uma bela e triste passagem
Palavras confusas e lábios que silenciam
A luz era fraca
As asas empoeiradas
O ultimo toque e a partida
Na morte de tudo eu acreditei
Toda mulher é uma flor
Todo toque é uma caricia
Esquecem que podem voar
A seda dos lençóis e a pele se misturam
A madrugada segue seus passos
Inesquecíveis marcas sensórias
Passos que flutuam na nevoa
Um terno sorriso que desafia o tempo
Onde posso confiar esse segredo?
A leveza transcende a matéria
Um livro vívido e nunca acabado
Sem fim
A terra se faz incompleta
A saudade se torna bela
E assim se perpetua teu mistério
Nos detalhes e pequenas coisas
Olhando a chuva na janela
Via sua face
Todas as faces
Gotas choravam no vidro
Lembranças marcantes e indefinidas
Um perfume invade o aposento
Cerro meus olhos
Um carrossel girava e ela me via
A face disfarçava alegria
Alguns segundos retorno do êxtase
O tempo não importa
Sempre é tão eterno
Sempre esperarei a brisa soprar jasmim
Nos meus pensamentos e sonhos
Abrindo o portão para ela levar-me
Para longe de tudo que é imperfeito
Recife,8 de Maio de 2011
Dedicado a mulher dentro de todas as mulheres...
Sobre tudo as que ja partiram ou para o "auto-esquecimento" ou para "outra vida".
A vida sempre floresce...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Linguagem... A qual exatamente pertencemos?... Sobre, sob ou por qual nos é doado o legítimo entendimento? Bom... que a alguma pertençamos, que por e através dela sejamos tocados, para que não haja dolorida partida e sim, o calor que vivifique a morte, aquecendo ao toque as asas cuja poeira tornou tais quais as árvores de gelo da linda canção: Belas, alvas, aparentemente inertes, até que o som interpenetrou-as e ainda que seus reflexos sejam como os anjos de pedra, recordaram-na: Suas folhas podem voar e suas raízes, mesmo que prezas ao chão, podem segredos ocultar, pois eis que conhecem a linguagem dos sons presente mesmo em palavras mudas, quem dirá nas cantantes... Ainda assim, o tempo é eterno e os perfumes como as faces: MUITOS!
ResponderExcluirRonilson, nem sei dizer da beleza do poema, por ter algo maior nele.
ResponderExcluirÉ lindo seu poema.
Beijinho
Fernanda
Senti os pés anestesiados.
ResponderExcluircriei um novo blog pk o antigo foi apagado...espero por ti lá
ResponderExcluirLindo,lindo! E vi que andaste pelo Sul,falaste em S.J do Hortêncio.És daqui? abraços,chica,lindo dia!
ResponderExcluir