sábado, 30 de abril de 2011
311> UMA HISTORIA EM DEZ ESPADAS
I A MORTE
No regresso das almas que nos são caras
Pedaços dos nossos espelhos íntimos
Cada vez mais estilhaçado pela ausência
Rachando nossa realidade de segurança
Enfim uma triste visão da morte humana
II RESIGNAÇAO
Acima da egoísta dor da perda
Considerações do destino comum
Onde todos os caminhos se cruzam
Onde todos um dia se encontram
Mais dia menos dia a porta se fecha
III A FÉ
Falam de fé e de amor, mas fraquejam
Confiam em Deus desconfiando de si
Em verdade não confiam em ninguém
Cegamente acreditam nas próprias mentiras
Aceitam-se mediante a aceitação alheia
IV O DESTINO
Existe algo acima de tudo e de todos
Metódico e infalível na linha das horas
Voando sobre as nuvens de nossas mentes
Abatendo precisamente os pretensiosos
Um a um jogados da janela do palácio
V A PROFECIA
Todas as retas se cruzam em um ponto
Mas não existe reta e o ponto flutua
Virão de todos os tempos e lugares
Arcos dividirão os reais filhos da terra
Banindo outra vez os filhos das estrelas
VI ECLIPSE
Os girassóis à noite abaixam as cabeças
Saudosos choram o orvalho da noite
Observam o pólo sul celeste e tudo ao redor
Alguns graus depois e ângulos mais tarde
Algo no horizonte incerto estremece a alma
VII MILAGRE
Raios pioneiros cortam a escuridão em fatias
Vibra o ar e ativa tudo que é vivo ou morto
Amanhecendo tudo que estava latente
O movimento acelera em direção incerta
Mas certamente conhecida
VIII REDENÇÃO
Todos correram para o pátio central
Uma nova era novamente se anuncia
Vinde todos os filhos do precipício
Ver, ouvir e saber todo o sentido
Liberdade agora corre nas veias
IX JUSTIÇA
Marcados pelos invisíveis sensores
Enforcados na terra e degolados no alto
O sangue que vingará a terra dos justos
Devolvo-te ao inferno onde habitas
Pela lei natural junte-se aos teus
X VIDA
Ainda essa noite o alto derramará sua graça
Eis que surge mais um dia em nossas almas
A madrugada anuncia uma nova existência
Mais uma vez veremos o sol diversas vezes
Outro passo rumo ao tão esperado reencontro
Recife, conclusa em 30 de Abril de 2011
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Meu caro, seu texto é surpreendente, como sempre!
ResponderExcluirAbraços renovados!
Olá Ronilson, vim agradecer tua viisita.
ResponderExcluirObrigada!
Li teu poema e achei interessante.
Beijinho
Fernanda
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUffa!!!
ResponderExcluirLufada reflexiva...
O suficiente para aguçar mente e sentidos,mas não o bastante para que não deseje mais e retorne.
Voltarei,há muito onde encontrar-se aqui ainda!
Paz no coração!