segunda-feira, 25 de abril de 2011
309> MISERICORDIA
No profundo vale do poço dos desejos
Ladeira acima margeando o cemitério
Luzes vermelhas, espanto e medo
Três almas com corações ainda pulsantes
A entrada era pequena
A permissão era seleta
Face azul-acinzentada, traje negro
Pena na mão e tantas verdades
Era eu caminhando sozinho
Era eu e o criador
Sentimentos delineados
Esboços sentimentais
Tantas prisões
Tantas privações
Duas velas acesas na escrivaninha
A rua de todos os destinos
O diabo aparece no tarot
Escolas ensinam a multiplicar
A vida ensina a somar
E eles me ensinaram a sonhar
Quem escreveu o livro sem palavras?
O silencio permeia o recinto
Com seu inconfundível som
Estrelas cantam para um único ser
Loucos saltam as ondas do mar
Bolhas solidas partidas
Pinturas derretidas
Ninguém recitou os nomes proibidos
Os mais improváveis amigos
Palavras incompreensíveis
Senhores dos choques humanos
Desgastado juro misericórdia
Misericórdia
Recife, 25 de Abril de 2011 (sobre 23 de abril)
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Me renovo em tua poesia. Agradeço pelo teu afeto em meu espaço e me desculpo pela minha ausência.
ResponderExcluirUm abraço, bem forte.